domingo, 20 de setembro de 2015

37

37.
Tão perto tão longe
Não passa! 
Conto as horas
Minutos 
Segundos 

Teu cheiro
Teu choro
Teu aconchego
Espero

Menino da minha vida
Seremos eu e você

sexta-feira, 29 de maio de 2015

Ventre

Serena e sensível
Vou indo
Às vezes tombando
Em prantos
Querendo de ti
O que não poderás dar
Ser.

Sem mais, lamento
Mas os lamentos
Não curam
Redobram
E apertam o peito

No eixo.

Indecisa.

Conflitos.

Não minto
Não olhas
Não percebes
Não te responsabilizas

São almas
É sangue
No vente teu ente
Mas não entendes
Descaso

Não mais vou relatar
Que siga a vida
E aqui registro
A ferida

E em mais alguns meses
Te terei.

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

De mais ninguém

Cura pra si
Não te importa
Com o mundo

Que devora
Com ganância
Fome
Do mundo
Fome de tudo

Tudo: tu és
Quem mais seria?
Cura

Inexplicável a existência
O aqui
O agora
As horas vagas

Loucura
Cura
Renasce
Nao pare

Não foges de ti
Seja teu

domingo, 28 de dezembro de 2014

Pra quando não estais

Peito que acalma
Amansa a alma
Conforta
E regojiza

Descanso

Nas horas vazias
Lembranças
Clamor
Te tenho
Não basta

Sou tua
Não nego
Não canso de ser
Me alegras
E de ti não deixarei de ser

Imensidão de sentimentos
Despertas
Em cada amanhecer
Esplendido
Sutil
Verdadeiro e
Único

Basta!

O destino que nos uniu
A forca que nos atraiu
O sentimento que surgiu
A vontade
O infinito
E a gora as vidas
Mao dadas
Seguindo...

Infinito.

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Estreita vida

E mansinho eu vou vivendo
Miudinha, aprendendo sobre
as coisas estreitas da vida
Que de tão sabida me coloca
Em cada esquina um questionar

Ó vida esperta
Que judia de mim
E me faz cair em teu falar

Baixinho murmuras
Com teu jeitinho faceiro
E se não penso direito
Outra vez estou a errar

É que de tão sabida a vida
Ela me confunde
Me complica
E dá trabalho eu me aprumar

Caio e levanto
Meio sem jeito
Mas procuro no peito
Guardar o que de bom ela quis me ensinar

E miudinha sigo vivendo
Sorrindo e cantando
Que é pra nessa  vida eu não me amargar

Estreita vida
Me enquadra
Pequeno espaço
Nesse mundo vasto

Vida, vida, vida
Me ensina a não estreitar

[ Kamilla Pedrosa ]


quarta-feira, 17 de setembro de 2014

mar amor

O amor me consome 
Desesperado e com pressa
Devastando
Só eu me prendo 
Mas ele vai e leva faminto
O que sinto

Selvagem e traiçoeiro
O mar dos sentimentos
As correntezas da vida 
Moinhos.

Se aqui não deságuo amor 
Já não sei por onde deixá-lo 
Lançando-me nesse misterioso universo
Do mar amor. Mar do amor 
Vivo seguindo

Encontro meu porto
Repouso 
E nele quero permanecer 
Calmaria
Manso
Infinito de amor. Mar amor de amar

Não passo e assim deságuo 
O que no peito não cabe
O que transborda no mar da alma do amor
O meu tão grande, imenso amor
No mar 
Do amor.

[ Kamilla Pedrosa]

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Assim que vi você
Logo vi que ia dar coisa
Coisa feita pra durar,
Batendo duro no peito
Até eu acabar virando
Alguma coisa
Parecida com você
Parecia ter saído
De alguma lembrança antiga
Que eu nunca tinha vivido,
Mas ia viver um dia
Alguma coisa perdida
Que eu nunca tinha tido
Alguma voz amiga
Esquecida no meu ouvido
Agora não tem mais jeito,
Carrego você no peito
Poema na camiseta
Com a tua assinatura
Já nem sei se é você mesmo
Ou se sou eu que virei alguma coisa tua

Alice Ruiz